É baby blues ou depressão pós-parto? Entenda a diferença

Compreender as diferenças entre o baby blues e a depressão pós-parto é essencial para o cuidado da saúde mental durante o puerpério. A distinção entre essas condições não apenas proporciona clareza durante esse período tão desafiador como também delineia abordagens de apoio eficazes. É fundamental compreender que enquanto o baby blues é uma reação comum e transitória, a depressão pós-parto demanda ajuda profissional.

O que é o baby blues, quando e por que ele acontece?

O baby blues é um fenômeno comum que ocorre nos primeiros dias após o parto e geralmente desaparece por si só. Costuma se manifestar entre o 2º e o 10º dia pós-parto, afetando cerca de 50 a 80% das mães. Os sintomas incluem sentimentos de tristeza, irritabilidade, choro fácil e oscilações emocionais.

Esses sintomas são causados por mudanças hormonais, falta de sono, estresse físico∕emocional associado ao parto e às novas responsabilidades de cuidar de um recém-nascido. Esses sentimentos são considerados normais e tendem a diminuir à medida que a mulher se adapta à maternidade, recebe apoio e descansa adequadamente.

Sintomas comuns do baby blues:

  • Tristeza;
  • Choro fácil;
  • Ansiedade;
  • Irritação;
  • Perda de apetite;
  • Preocupação excessiva;
  • Oscilações emocionais;
  • Exaustão;
  • Dificuldade para dormir;
  • Falta de concentração;
  • Sentimentos de estranheza ou desconexão.

Esses sinais, muitas vezes confundidos com a depressão pós-parto, são considerados normais. No entanto, a depressão pós-parto é uma condição mais intensa e persistente, que necessita de atenção especializada.

 

Depressão pós-parto:

Sinais de alerta e necessidade de intervenção

No Brasil, uma em cada quatro mulheres pode experimentar sintomas de depressão pós-parto, tornando essencial o diagnóstico e tratamento precoces. Os sintomas da depressão pós-parto podem se iniciar 4 semanas após o parto ou até mesmo 18 meses depois, e incluem:

  • Sentimentos profundos de tristeza ou desesperança;
  • Fadiga extrema;
  • Falta de interesse ou prazer nas atividades cotidianas;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alterações no apetite;
  • Distúrbios do sono;
  • Sentimentos de inadequação ou culpa;
  • Sensação de rejeição ao bebê;
  • Em casos extremos, pensamentos suicidas.

Fatores de risco, como histórico prévio de depressão, histórico familiar de doenças mentais, situações estressantes em casa, falta de apoio social e financeiro, gravidez não planejada, complicações no parto ou amamentação e problemas com a saúde do bebê, podem aumentar a probabilidade de desenvolver a depressão pós-parto.

 

Gerenciando baby blues e depressão pós-parto:

alívio dos sintomas

Portanto, a principal diferença entre os dois é a intensidade e a duração dos sintomas.

O baby blues é um processo comum e temporário, marcado por sintomas mais leves e que geralmente desaparecem por si só. Nesse contexto, práticas de autocuidado, realização de atividades que busquem a reduzir o estresse e melhorias na qualidade do sono ajudam bastante a aliviar os sintomas.

Por outro lado, a depressão pós-parto é mais grave, sendo crucial buscar ajuda especializada. Reconhecer os sinais, procurar ajuda profissional e criar um plano de tratamento abrangente são passos fundamentais para promover a recuperação. Sabendo que uma em cada quatro mulheres pode enfrentar a depressão pós-parto no Brasil, o diagnóstico precoce e o suporte profissional, realizado por psiquiatras, psicólogos e obstetras, é de suma importância. Mas se bem acompanhado, o quadro de depressão pós-parto tem cura sim!

Se você ou quem você ama está em dúvida sobre o que está sentindo, se é apenas um “baby blues” passageiro ou algo que requer maior atenção, não hesite em buscar ajuda. Sua saúde mental é prioridade, e aqui na Clínica Nascente, estamos prontos para fornecer o suporte necessário para garantir que a maternidade seja saudável e positiva.

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Referências:

Andrade , G. D., & Catelan-Mainardes, S. C. (2022). Baby blues: sinais, alertas e fatores de proteção: Baby blues: signs, warnings and protective factors. Brazilian Journal of Development, 8(9), 61900–61918. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv8n9-098.

BARROS, M. S. F. .; COSTA, L. de A. .; BRITO , P. F. .; MARQUES, G. A. R. .; SILVA, G. P. .; SOUSA, L. G. da S. .; BEZERRA, U. P. de M. . Baby blues and its implications for women’s mental health: an integrative review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e8012641977, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.41977. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41977.

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